Manutenção preventiva

[gravata]Garantia de maior vida útil para equipamentos de refrigeração comercial.[/gravata] Os cuidados com os equipamentos de refrigeração comercial são essenciais para padarias, restaurantes, bares, hotéis e outros estabelecimentos. Por isso, os refrigeristas devem mostrar a esses estabelecimentos que é a manutenção ligada à prevenção de problemas futuros que vai garantir as melhores condições de operação do equipamento, aumentando sua vida útil. Há muitos argumentos para convencer seus clientes sobre as vantagens de ter um plano ou um contrato de manutenção preventiva de seus equipamentos, detectando previamente qualquer anomalia ou avaria no sistema de refrigeração:

  • Minimizar a perda de produtos por descongelamento e deterioração e os consequentes prejuízos financeiros;
  • Prevenir-se em relação a possíveis multas dos órgãos de fiscalização relacionadas à má conservação de alimentos;
  • Manter a boa imagem do estabelecimento diante dos clientes;
  • Evitar aumento no consumo de energia;
  • Perceber problemas que levariam à quebra ou inutilização de peças e componentes;
  • Tornar desnecessário o chamado de urgência a um técnico para resolver algo que não teria acontecido com a prevenção.

POR ONDE COMEÇAR O planejamento de uma manutenção preventiva eficiente começa pela leitura dos manuais dos equipamentos, verificando as recomendações feitas pelos fabricantes em relação a aspectos como:

  • Capacidade de armazenamento;
  • Locais e condições ideais para a instalação;
  • Forma de utilização.

Com as informações acima, é possível estabelecer, por exemplo, as distâncias que devem ser mantidas entre os equipamentos e paredes ou outras obstruções, para garantir a circulação de ar. É preciso, ainda, checar a instalação elétrica. Ela é exclusiva para o equipamento? Tem o dimensionamento adequado para suportar a corrente consumida? Se as respostas forem negativas, será preciso corrigir esses problemas. Vale reforçar que é recomendada a utilização de uma tomada exclusiva para cada sistema de refrigeração. Depois dessa verificação inicial, feita no momento em que se inicia o trabalho, é preciso definir as ações que farão parte da manutenção periódica. Veja a seguir: 1) Aparência O aspecto estético dos equipamentos é muitas vezes deixado de lado nas manutenções. Mas é preciso estar atento à aparência. Isso afeta a imagem da loja, pois os clientes reparam em sujeira e má conservação. O que deve ser verificado:

  • Limpeza externa e interna (poeira, marcas de gordura, resíduos etc.);
  • Vidro sujo ou trincado (só equipamentos com porta de vidro).

2) Sistemas de vedação A inspeção deve checar o estado das borrachas de vedação de portas. Além de prejudicar a aparência (com o visual descuidado e o suor externo no gabinete), ressecamentos, empenamentos e rachaduras provocam infiltração de ar e de umidade. O resultado é que o sistema passa a exigir mais do compressor, aumentando o consumo de energia e gerando perda da capacidade de refrigeração. 3) Equipamentos com porta de vidro O aspecto visual do vidro já pode indicar um problema: se está ficando suado, há condensação de água (sudação).  Em portas de vidro com aquecimento, é necessário verificar o bom funcionamento da resistência ou substituir a porta. 4) Condensador Como fica mais exposto, o condensador está sujeito a acumular poeira, folhas, insetos, papéis e outras impurezas, que impedem o fluxo de ar. A sujeira vai se acumulando e dificulta a troca de calor, o que tem como consequências:

  • Aumento da temperatura de condensação;
  • Maior consumo de energia pelo compressor;
  • A perda de capacidade de refrigeração.

A sujeira deve ser removida com água, pano ou ar comprimido. Não devem ser usados produtos químicos, principalmente aqueles que contenham cloro. A exceção são ambientes em que é usado muito óleo para frituras, como cozinhas industriais, onde o óleo deve ser removido com um desengordurante apropriado. 5) Evaporador Em sistemas comerciais como expositores verticais para bebidas e sorvetes, é comum o uso do degelo automático, por meio de resistência elétrica ou gás quente. Nesse caso, é preciso apenas uma inspeção visual para detectar a presença de gelo. Nos demais sistemas, esse dispositivo de degelo pode não estar disponível. A atividade de manutenção básica, nesse caso, é estar atento à camada de gelo que se forma, realizando o desligamento do sistema quando necessário, para eliminar o gelo. 6) Compressor Para proteger o compressor é preciso verificar a tensão que chega a ele, que deve estar sempre próxima da tensão nominal (127 ou 220 V). Além disso, verifique a corrente consumida e compare com as informações de operação do manual do fabricante. Desvios na voltagem e na corrente consumida podem representar riscos à vida útil do compressor. Para  percebê-los, use sempre equipamentos de medição apropriados. Outro importante aspecto a ser checado é a existência de vibrações causadas por fixações frouxas, que são resolvidas facilmente com um reaperto. Essas vibrações precisam ser eliminadas para que não provoquem trincas nos pontos de brasagem que ligam o compressor ao sistema, sem contar que geram ruído excessivo. 7) Motor / ventilador da unidade condensadora É necessário verificar a existência de sujeira, que se acumula no eixo, exigindo mais esforço do motor. Isso pode diminuir sua vida útil e gerar aumento da temperatura de condensação. Basta um pouco de atenção para perceber se o motor e o ventilador estão sujos, fazendo a limpeza com pano ou ar comprimido. 8) Carga de gás Em instalações bem feitas e bem mantidas, o fluido refrigerante não precisa ser reposto ou completado, salvo algumas aplicações de maior porte ou industriais leves. A carga é necessária apenas em caso de vazamentos, que ocorrem geralmente por meio das junções mecânicas e das soldas na tubulação.  Nesses casos, tente identificar por onde o fluido vazou, corrigindo o problema. Depois, substitua o compressor por um novo e faça o processo de vácuo. 9) Óleo Em sistemas que utilizam compressores herméticos, não é necessário se preocupar com o óleo. Assim, completar o nível de óleo não é recomendado para a maioria das aplicações. Lembre-se de que os compressores são projetados com a melhor tecnologia e exaustivamente testados, recebendo o volume de óleo necessário para as condições  normais de operação. Importante: em casos de exceções ou problemas não relatados, sempre consulte o fabricante do equipamento para saber o procedimento correto a ser seguido.

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