Esse é um princípio cada vez mais valorizado por todos os públicos.

Um dos grandes temas do momento é a ética. Diversos fatos recentes que foram amplamente noticiados e geraram indignação, fizeram com que esse conceito se fortalecesse e entrasse em pauta, passando a mobilizar a sociedade.

Hoje, usa-se muito a palavra ética, principalmente diante da necessidade de diferenciar comportamentos e atitudes que nos parecem corretos daqueles que consideramos inaceitáveis. 

A ética é um princípio fundamental para a sociedade e é muito positivo que sua importância venha sendo cada vez mais reconhecida. Conheça a seguir um pouco mais sobre o tema e como ele está ligado à sua vida pessoal e profissional.

A origem dessa palavra é o termo grego ethos, que significa “bom costume” ou “costume superior”. Essa definição de ethos é um bom ponto de partida para falarmos sobre a ética. 

Vale a pena conhecer também o que diz o filósofo Mário Sérgio Cortella, para entender melhor esse conceito: “Ética é o conjunto de valores e princípios que eu e você usamos para decidir as três grandes questões da vida, que são: Quero?, Devo?, Posso?”.

Ele explica essas questões de forma bem simples, ao mostrar os princípios que todos usamos, mesmo sem pensar: 

• Existem coisas que eu quero, mas não devo;

• Existem coisas que eu devo, mas não posso;

• Existem coisas que eu posso, mas não quero.

A situação ideal, segundo o filósofo, é quando aquilo que você quer é o que você pode e é o que você deve. Mas isso nem sempre acontece. Para adotar um comportamento ético, portanto, é preciso analisar as três condições acima e fazer suas escolhas.

A importância de escolher é também revelada na leitura do Código de Ética da Embraco. Desenvolvido para os funcionários da empresa, esse material se destina a ajudá-los “a fazer as escolhas certas na condução dos negócios”. 

O conteúdo desse Código, disponível no site da Embraco, dá uma importante contribuição para entendermos como agir. Em sua introdução, a empresa afirma o seguinte: “Realizamos nossos negócios com honestidade, justiça e respeito pelo indivíduo e pelo público em geral, sempre tendo em mente que não existe uma maneira correta de fazer o que é errado.”

Ética na prática

Todas essas definições e explicações são importantes e você deve levá-las em conta no seu dia a dia. Há muitas situações em que suas ações e decisões estão ligadas a questões éticas.

Listamos aqui, como exemplos, alguns comportamentos que você certamente já viu, mas que são condenáveis do ponto de vista ético:

• Vender produtos ou serviços sem nota fiscal;

• Oferecer dinheiro a alguém (um fiscal, por exemplo), para obter uma vantagem;

• Oferecer produtos que você sabe que não têm a qualidade necessária ou utilizá-los em serviços prestados ao cliente;

• Prometer fazer algo para o seu cliente e não cumprir;

• Cobrar por um serviço que não foi realizado;

• Abandonar um serviço no meio e não voltar para concluí-lo;

• Anunciar produtos ou serviços em promoção sem realmente reduzir os seus preços.

Especificamente em relação aos serviços prestados por profissionais de assistência técnica, o professor Clóvis de Barros Filho, especialista em ética, disse em entrevista ao Clube que hoje existe uma cobrança pelo fornecimento de informações claras sobre a execução de serviços. “Isso significa informar todos os procedimentos realizados e como foram cobrados”, disse. “Outra demanda é ser o mais sincero possível em relação ao prazo de entrega do serviço” acrescentou.

No ambiente de trabalho, existem inúmeras decisões que estão relacionadas à dimensão ética (veja exemplos no box). Mas o tema está presente – às vezes sem que você perceba – nas mais diversas situações da sua vida. Todos nós conseguimos identificar posturas incorretas de políticos, de empresas e também de outras pessoas. Mas conseguimos fazer isso em relação a nós mesmos? 

É importante analisar com cuidado se você se comporta de maneira adequada. Ser ético significa rejeitar atitudes e comportamentos que podem ser vistos facilmente na nossa sociedade, como:

• Receber troco a mais e não devolver (ou dar troco a menos);

• Encontrar dinheiro ou objetos perdidos por outras pessoas e não devolver;

• Furar fila;

• Estacionar em vagas destinadas a idosos ou deficientes físicos;

• Comprar produtos “piratas”.

Poderíamos colocar diversos outros exemplos aqui, mas já deu para você entender do que estamos falando. Reflita então e responda: a ética faz parte da minha vida? Se não faz, é hora de segui-la! 

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PESQUISA MOSTRA QUE MUITA GENTE AINDA AGE DE FORMA ANTIÉTICA NOS NEGÓCIOS 

Uma pesquisa feita pela empresa de consultoria ICTS Protiviti sobre o perfil ético dos profissionais brasileiros mostra que ainda existe muito a avançar nesse campo. Foram entrevistadas mais de 3 mil pessoas para saber como reagiriam em sete diferentes casos ligados ao tema.

As respostas indicam que a maioria dos profissionais oscila de acordo com as circunstâncias, podendo atuar de forma ética ou antiética

Veja abaixo os casos que foram avaliados e como os entrevistados se posicionaram.

1. Denunciar um ato antiético cometido por um colega

56% dos profissionais disseram que somente denunciariam os colegas se fossem incentivados pela empresa. 

2. Conviver com atos antiéticos

Pouco mais da metade dos participantes disseram não ter restrições à convivência com a falta de ética na empresa. 

3. Usar um “atalho” antiético para atingir metas

48% dos profissionais disseram que poderiam escolher um caminho mais curto e antiético para cumprir os objetivos estabelecidos. 

4. Furtar objetos e bens da empresa

Apenas 18% dos entrevistados admitiram que fariam isso.

5. Aceitar suborno

38% dos profissionais responderam que, dependendo da circunstância, aceitariam um suborno para dar algum tipo de vantagem a um fornecedor. 

6. Receber presentes

40% disseram que beneficiariam um fornecedor em troca de brindes e presentes.

7. Usar informações confidenciais em benefício próprio

28% teriam a tendência de utilizar informações secretas da empresa em benefício próprio ou de terceiros. 

Fonte: “7 dilemas éticos e como os profissionais reagem a eles”, matéria publicada no portal Exame.com

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